Na curva do rio… Por Lúcia da Costa Ferreira e Roberto Guimarães
O Rio Itaquaí deságua no Javari, afluente do Solimões, local próximo a cidades no entorno da tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru. A região do Alto Solimões compreende os municípios de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte.
Todos os pesquisadores que trabalham ou já trabalharam na região sabem que cartéis de drogas mantêm um Estado paralelo no Alto Solimões, na Amazônia. É um Brasil onde existe uma organização que impõe regras próprias às comunidades ribeirinhas, indígenas e trabalhadores locais e onde pesquisadores, jornalistas e indigenistas sofrem forte influência de grupos ligados a atividades ilícitas e ao crime organizado nas margens do Rio Itaquaí e arredores. Trata-se de mega esquema de transporte de armas, drogas, de pesca e caça ilegais e lavagem de dinheiro que conformam um sistema complexo em plena atividade pelos rios, florestas e cidades, que tem impacto na economia e sociedades da região.
Foi da comunidade de São Rafael que Pereira e Phillips partiram no último dia 5 de junho em direção a Atalaia do Norte, até não serem mais vistos.
Sem controle do fisco, o dinheiro dos cartéis se mistura ao de negócios constituídos para dar aparência de legalidade aos esquemas que aliciam comerciantes, atravessadores, pescadores, garimpeiros, caçadores e políticos locais.
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