Entre ilhas e correntes : a criação do ambiente em Angra dos Reis e Paraty, Brasil
Autora: Aline Vieira de Carvalho
Orientador: Pedro Abreu Funari
Data de defesa: 16/02/2009
Banca: Pedro Paulo Abreu Funari, Leila da Costa Ferreira, Lucia da Costa Ferreira, Erika Marion Robrahn-Gonzales, Gilson Rambelli, Mateus Batistela
A pesquisa tem como objetivo analisar a construção da memória oficial das cidades de Angra dos Reis e Paraty, no Rio de Janeiro, Brasil. Almeja-se compreender como o Humano e o Natural são construídos de forma a compor o passado e o presente dessas cidades como narrativas coesas e pretensamente inquestionáveis, entendidas, na maior parte das vezes, como vocações. Para a análise destas memórias oficiais foram usados como fontes: Revista Quatro Rodas, da Editora Abril, entre os anos de 1960 e 1984; discursos produzidos pelas Secretarias de Turismos das respectivas cidades, a partir do final dos anos 1970 (Paraty) até os dias de hoje; e as materialidades das cidades. A História Ambiental, Arqueologia Histórica e Teoria Lingüística fornecem a base interdisciplinar para a compreensão do ambiente não apenas como dotado de existência física, mas como um texto que é narrado de formas intencionais. As escolhas narrativas, os significados e significantes do Homem e da Natureza, geram efeitos reais. A análise destas narrativas nos leva a concluir a necessidade de repensar os discursos oficiais e as materialidades citadinas. Os novos discursos precisam ser mais plurais e complexos, permitindo a elaboração de uma nova visão ambiental e também do próprio espaço público.
Palavras Chave: Análise do discurso Memória Arqueologia Angra dos Reis (RJ) – História Paraty (RJ) – História