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Especialistas debatem o futuro do planeta e da espécie humana

Por Herton Escobar O que vai acontecer com o planeta Terra e com a espécie humana nas próximas décadas, se continuarmos vivendo como vivemos hoje — desregulando o clima, derrubando florestas, acabando com os rios, poluindo os oceanos, exterminando espécies, queimando combustíveis fósseis e consumindo muito mais recursos ambientais do que a natureza é capaz de repor? 

Esse será o tema do último USP Talks de 2019; uma edição especial com quatro especialistas em clima, ecossistemas, biodiversidade e cidades, discutindo as consequências da atual crise ambiental global para o futuro do planeta e da nossa própria espécie.

O evento é dia 16 de dezembro, pontualmente das 18h30 às 20 horas, no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A entrada é livre e gratuita; basta comparecer e assistir. Também haverá transmissão on-line, pela página do USP Talks no Facebook. Veja os detalhes aqui: https://bit.ly/2Yb5XOe

Saiba um pouco mais sobre os palestrantes e os temas que serão abordados:

Thelma Krug é matemática, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas, responsável por monitorar o avanço das mudanças climáticas globais e fornecer subsídios científicos para a tomada de decisões sobre o tema. Recém-chegada da última cúpula mundial do clima em Madri, ela falará sobre o cenário das mudanças climáticas para as próximas décadas, como essas mudanças vão impactar o Brasil e o que podemos (e precisamos) fazer a respeito disso, para evitar seus efeitos mais catastróficos.

Jean Paul Metzger é biólogo, professor titular do Instituto de Biociências (IB) da USP e conselheiro da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES). Especialista em ecologia, biodiversidade e políticas públicas de conservação, ele falará sobre como a fragmentação e a degradação dos ecossistemas da Terra é um tiro no pé, comprometendo a capacidade da natureza de prestar serviços essenciais à sobrevivência humana, como produção de água, alimentos e regulação climática, entre outros (chamados “serviços ecossistêmicos”). O desmatamento na Amazônia, por exemplo, é um processo que gera consequências negativas em cascata para todo o País, comprometendo sua segurança hídrica, alimentar e energética.

Carlos Joly é biólogo, professor titular do Instituto de Biologia da Unicamp, coordenador do programa Biota Fapesp e da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES). Especialista em pesquisa e conservação da biodiversidade, ele falará sobre como atividades humanas estão impulsionando o desaparecimento de espécies de plantas e animais ao redor do mundo, e as consequências dessas extinções em massa para o futuro da nossa própria espécie (especialmente no Brasil). Especialistas estimam que 1 milhão de espécies de fauna e flora estão ameaçadas de extinção nesse momento, muitas delas no Brasil.

Gabriela Di Giulio é jornalista, doutora em Ambiente e Sociedade e docente do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Integra o Grupo de Pesquisa Meio Ambiente e Sociedade do Instituto de Estudos Avançados da USP e é pesquisadora permanente do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Ciências Sociais e Sustentabilidade (NIECSS). Especialista em comunicação e percepção de riscos associados a problemáticas ambientais, ela fará um diagnóstico sobre como a crise climática, a degradação de ecossistemas e a perda de biodiversidade afetam diretamente a vida das pessoas nas cidades. A crise hídrica de 2014-2016 em São Paulo foi um exemplo disso.

Serviço

O USP Talks é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP que busca aproximar a comunidade científica e acadêmica da sociedade, por meio de eventos mensais em que especialistas são convidados a conversar com as pessoas sobre temas que estão em evidência no noticiário nacional. Para acompanhar a programação e assistir aos eventos anteriores, siga nossas páginas no Facebook , Twitter e YouTube. O projeto conta com apoio da Fusp, da Nic.br, e da Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP.

A entrada é organizada por ordem de chegada. A bilheteria do Masp inicia a distribuição de ingressos às 16h30, um por pessoa, até às 18h30 ou até se esgotarem, o que ocorrer primeiro. Mesmo que você retire seu ingresso, precisa estar na porta do auditório até 18h29. A partir das 18h40, as pessoas que estiverem presencialmente aguardando em lista de espera poderão ocupar os lugares vagos.

Também serão distribuídos ingressos na bilheteria on-line do Masp, que pode ser acessada por este link.