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Faltam transparência e ações mais amplas do governo para conter óleo na costa, cobram cientistas

São quase dois meses desde que as primeiras manchas escuras foram avistadas nas praias do Nordeste, dando início ao que hoje é referido como o maior caso de vazamento de óleo registrado no litoral brasileiro. De acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de 19 de outubro, o óleo já atingiu Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Nesse período, órgãos públicos têm tomado diferentes medidas para lidar com a situação. Mas, para cientistas especializados, como a professora sênior do Instituto de Oceanografia (IO) da USP, Yara Schaeffer Novelli, a ação do governo federal tem sido insatisfatória, deixando lacunas que tornam a operação mais lenta e prejudicam a fauna, flora e as pessoas que vivem nas regiões afetadas.

No início da semana, foi publicada uma carta aberta assinada por cientistas, grupos de pesquisa e instituições de defesa do meio ambiente, inclusive os professores Alexander Turra, também do IO, e Marcos Sorrentino, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. Além de uma melhor coordenação, o documento cobra que a ação do governo seja mais transparente.

“É um clamor por transparência e comunicação”, diz o professor Turra. “Existe uma dificuldade para que a sociedade seja informada sobre o tamanho do desastre e o que exatamente está sendo feito para reduzir os impactos.” Ele afirma que a carta, direcionada à Presidência da República, ao Ibama, Marinha do Brasil e Ministério do Meio Ambiente (MMA), ainda não foi respondida.

 

Lei matéria completa no Jornal da USP: https://jornal.usp.br/ciencias/faltam-transparencia-e-acoes-mais-amplas-do-governo-para-conter-oleo-na-costa-cobram-cientistas/