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LANÇAMENTO DO E-BOOK CIDADES & SUSTENTABILIDADE: POR UM DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR

Os integrantes do grupo de pesquisas MEIO AMBIENTE URBANO, TERRITÓRIO E NOVAS PRÁTICAS SOCIOESPACIAIS – IGE/NEPAM – UNICAMP, de sua coordenação, Profa. Dra. Arlêude Bortolozzi e de demais colegas parceiros estão divulgando o lançamento do Ebook CIDADES & SUSTENTABILIDADE: POR UM DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR. Material esse fruto das pesquisas do grupo e de demais colegas aos quais trazem diferentes abordagens sobre o meio urbano em suas diferentes formações. O livro editado é uma parceria entre o Grupo MEIO AMBIENTE URBANO, TERRITÓRIO E NOVAS PRÁTICAS SOCIOESPACIAIS e o PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA da Universidade Estadual de Maringá por meio da Editora PGE, o qual segue em anexo.

No contexto atual, quando a sobrevivência humana nas cidades brasileiras, juntamente com as da fauna e flora encontram-se ameaçadas, e as condições de vida de seus habitantes ainda mais degradadas, diante de uma pandemia que compromete a sustentabilidade urbana torna-se imperativo alertar aos pesquisadores, sobre a necessidade urgente do enfoque interdisciplinar em suas análises de pesquisas contemporâneas. Isto, porque na sua grande diversidade, os problemas urbanos dependerão cada vez mais da capacidade dos seus gestores para encontrar soluções criativas e adequadas.

Dentre os inúmeros fatores da (in) sustentabilidade das cidades brasileiras, onde os espaços urbanos são considerados como territórios usados de forma desigual, o processo acelerado de urbanização é o que desempenha papel fundamental para a explicação da realidade, ao lado do agravamento da degradação ambiental e da falta de uma distribuição igualitária dos bens e serviços sociais, dentre os quais os da educação e saúde.

Assim sendo, a sustentabilidade das cidades entendida como direito humano de habitar saudavelmente os espaços urbanos e ter acesso aos bens e serviços de qualidade mostra efetivamente, a necessidade de investimentos que sejam capazes de atender as demandas sociais de seus habitantes. Para tal, a cidadania retorna como um aspecto fundamental para exigir do poder público local a melhoria de suas políticas públicas. Isto, para que por meio da própria participação as comunidades possam intervir nas decisões como moradores da “polis” entendidos como cidadãos conscientes dos seus direitos a uma vida digna e saudável.

Portanto, a produção deste livro procura revelar em seus capítulos a pluralidade de ideias dos seus autores como possibilidade de um diálogo interdisciplinar, que se desenvolve frente aos desafios contidos, na complexidade da problemática ambiental urbana. Estes, buscando uma finalidade comum pretendem contribuir não apenas teoricamente aprofundando conceitos, mas também sugerindo possíveis ações.

No contexto atual, ou seja, em tempos de pandemia e crises de vários níveis, é certo que todo conhecimento, sobre as cidades contemporâneas, que venham a contemplar questões tais como desigualdade social, saúde, educação e cultura deverá incrementar o desenvolvimento humano de um país. Assim sendo, o desenvolvimento sustentável não poderá ser alcançado sem essa perspectiva.

Nesse momento ressalto minha satisfação na organização deste livro interinstitucional, cuja produção acadêmica coletiva de excelência faz jus aos seus autores. Alguns Professores Doutores e outros doutorandos, todos pertencem às mais conceituadas Universidades Federais e Estaduais do Brasil. Estes, imbuídos de um mesmo propósito de ver nossas cidades e seus habitantes mais saudáveis colocam nestas páginas os seus melhores conhecimentos
científicos.

Seguem-se assim, os cinco capítulos deste livro, que no total da obra se entrelaçam mostrando a possibilidade do diálogo interdisciplinar, partindo da ciência geográfica em busca da troca de diferentes olhares sobre a mesma complexidade e sustentabilidade das cidades contemporâneas.

No Capítulo I, Oséias da Silva Martinucci mostra criticamente as desigualdades entre as cidades e regiões do Brasil com respeito à Saúde, considerando a também desigual distribuição dos equipamentos de imagem – diagnósticos.

Rivaldo Faria procura no Capítulo II argumentar sobre a Saúde e Território como direito no Brasil mostrando com essa discussão, os grandes desafios para este século.

Já no III Capítulo Antonio de Oliveira reflete e aprofunda o entendimento sobre a transição em saúde e a (re) produção de doenças transmissíveis nas cidades do país e em específico no Paraná.

Com o Capítulo IV, Camila Bonelli de Milano conversa de forma crítica sobre as cidades e a gestão de resíduos sólidos perguntando se esse pode ser um diálogo possível.

E, finalmente, Clésio Barbosa Lemos Junior no último Capítulo V que anuncia no próprio título, uma visão do espaço urbano e patrimônio cultural na palma das mãos, procura enfatizar a importância do estudo sobre o uso das tecnologias digitais nas práticas urbanas. O autor faz um alerta para a realidade do mundo virtual e das redes sociais como entendimento da complexidade e da diversidade dos problemas que envolvem as cidades contemporâneas.

 

ARLÊUDE BORTOLOZZI*

* Geógrafa, Mestre em Educação (PUC/SÃO PAULO), Doutora em Educação (FE/UNICAMP), Pesquisadora e Docente do Programa de Doutorado Ambiente e Sociedade do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais- NEPAM/UNICAMP, Docente Permanente da Pós-graduação em Geografia do Instituto de Geociências – IGE/UNICAMP.

 

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